segunda-feira

eu sei que você sabe, quase sem querer.

O escuro tomou conta da rua, do ônibus inteiro. A única luz que há é a luz que acompanha estas linhas enquanto os pensamentos são jogados nelas. A escuridão da estrada ganha vida ao som da música calma. Meu sorriso surge com as imagens que passam na minha cabeça. A lágrima, mesmo que de alegria, se agarra aos meus olhos para não descer.
Hoje era um dia em que eu esperava ouvir tua voz, queria o mundo nas minhas mãos. Mas eu percorri oito horas diante terras distintas. Vi o pôr-do-sol pela janela, atrás de um morro que nem o nome sei. Dormi com a saudade e acordei com a vida passando.
Volto pra casa com novas amizades feitas, com novos conhecimentos, com apegos e desapegos. Não foi muito tempo, mas foi bem vivido. Aprendi a ser a chuva e o sol, ao mesmo tempo. Aprendi com pessoas que nunca havia visto.
Um dia, talvez, todos esses pensamentos que passam a cada quilômetro andado, façam sentido. No dia de hoje, só queria ser a flor do jardim, o sol que se esconde com beleza. Queria ser coragem, palavras, vento. Queria dizer 'eu te amo' sem me preocupar com a expressão que iria surgir de quem ouve.
Amor de infância, da escola, da natação, da festa. Amor que vai, que vem. Amor que se sente e não se diz. Amor é abraço, é preocupação, é olhos, é até mesmo briga. Amor é melodia que transparece nessas linhas que irão para dentro da bagagem para nunca serem lidas. Queria, novamente, ser coragem.

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