É excepcionalmente bom ver o tempo passar quando se tem na sua frente uma paisagem tão bela. O sol não esquenta meu corpo por causa do vento forte e frio que está acompanhando meus pés balançarem acima da água deste pier. Eu deveria me levantar e sair para aproveitar as pessoas que estão logo após a trilha que me trouxe até aqui, estou desperdiçando sorrisos e não percebo. Mas fico vendo a água mexendo-se e formando ondas e o tempo vai passando.
Os segundos que ocupo escrevendo essas linhas logo serão passado e sem volta. Já parou para pensar quanto tempo é perdido nesta vida? Quanto tempo é deixado de ser aproveitado por pequenas coisas. Eu pisco e deixo pessoas passarem por mim, sem vê-las; deixo de sorrir, por orgulho bobo; deixo de viver, por medo das consequências.
Fico pensando quanto tempo passou e foi ocupado com brigas bobas e sérias, com lágrimas e gritos. Quanto tempo simplesmente deixei passar. E é isso que a cada movimento de onda passa pela minha cabeça: o tempo perdido. Se eu começar a sorrir mais, talvez fique fácil e talvez as pessoas deixem de ver apenas meu lado 'ruim', isto é, os momentos em que eu saio batendo o pé porque algo não saiu como planejei ou mesmo quando eu errei e não aceitei o erro. Afinal, errar é humano e ainda te faz aprender alguma coisa.
Acho que este pier me mostra que existe caminhos que podem ser belos e infinitos como a paisagem mostrada a partir dele. Mas para eles eu preciso aprender a sorrir e mostrar que cresci.
segunda-feira
eu sei que você sabe, quase sem querer.
O escuro tomou conta da rua, do ônibus inteiro. A única luz que há é a luz que acompanha estas linhas enquanto os pensamentos são jogados nelas. A escuridão da estrada ganha vida ao som da música calma. Meu sorriso surge com as imagens que passam na minha cabeça. A lágrima, mesmo que de alegria, se agarra aos meus olhos para não descer.
Hoje era um dia em que eu esperava ouvir tua voz, queria o mundo nas minhas mãos. Mas eu percorri oito horas diante terras distintas. Vi o pôr-do-sol pela janela, atrás de um morro que nem o nome sei. Dormi com a saudade e acordei com a vida passando.
Volto pra casa com novas amizades feitas, com novos conhecimentos, com apegos e desapegos. Não foi muito tempo, mas foi bem vivido. Aprendi a ser a chuva e o sol, ao mesmo tempo. Aprendi com pessoas que nunca havia visto.
Um dia, talvez, todos esses pensamentos que passam a cada quilômetro andado, façam sentido. No dia de hoje, só queria ser a flor do jardim, o sol que se esconde com beleza. Queria ser coragem, palavras, vento. Queria dizer 'eu te amo' sem me preocupar com a expressão que iria surgir de quem ouve.
Amor de infância, da escola, da natação, da festa. Amor que vai, que vem. Amor que se sente e não se diz. Amor é abraço, é preocupação, é olhos, é até mesmo briga. Amor é melodia que transparece nessas linhas que irão para dentro da bagagem para nunca serem lidas. Queria, novamente, ser coragem.
Hoje era um dia em que eu esperava ouvir tua voz, queria o mundo nas minhas mãos. Mas eu percorri oito horas diante terras distintas. Vi o pôr-do-sol pela janela, atrás de um morro que nem o nome sei. Dormi com a saudade e acordei com a vida passando.
Volto pra casa com novas amizades feitas, com novos conhecimentos, com apegos e desapegos. Não foi muito tempo, mas foi bem vivido. Aprendi a ser a chuva e o sol, ao mesmo tempo. Aprendi com pessoas que nunca havia visto.
Um dia, talvez, todos esses pensamentos que passam a cada quilômetro andado, façam sentido. No dia de hoje, só queria ser a flor do jardim, o sol que se esconde com beleza. Queria ser coragem, palavras, vento. Queria dizer 'eu te amo' sem me preocupar com a expressão que iria surgir de quem ouve.
Amor de infância, da escola, da natação, da festa. Amor que vai, que vem. Amor que se sente e não se diz. Amor é abraço, é preocupação, é olhos, é até mesmo briga. Amor é melodia que transparece nessas linhas que irão para dentro da bagagem para nunca serem lidas. Queria, novamente, ser coragem.
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