domingo

mancha de vinho

Ela pega uma taça de vinho e faz um brinde ao sentimento que ela deu, mas não soube sentir reciprocidade. Brinda com a lua porque é a única companhia nessa noite fria.
Ela se encosta na janela, ferida com as lágrimas que caem pelo seu rosto e com o vento que corta sua pele. Amar dói mais que queimadura de sol, mais que corte com a faca; dói porque é uma dor que a gente não alcança para curar; dói no coração, na mente.
Ela vê o movimento do alto do prédio, vê as luzes que são acendidas a apagadas nos prédios ao lado, vê a lua sorrindo enquanto ela chora.
Ela é uma garota qualquer, com poucos amigos e muitas histórias. Uma garota com fama de má, mas que por dentro é feita de vidro. Vidro que quebra com qualquer toque mal dado, que deixa cacos para serem colados diariamente. Tanta indelicadeza de pessoas que pensam que essa garota tão cheia de si não pode ser frágil o suficiente para derramar uma lágrima.




Ela sou eu, apenas a garota dos relatos mudos para os corações surdos.

3 comentários:

  1. Olá Diuliana,

    Por isso não podemos julgar pelas aparências.

    Todos nós temos nossos momentos de fragilidade e deixar as lágrimas rolarem alivia a dor da alma.

    Amar sem reciprocidade dói mesmo, mas tudo passa. Amanhã é outro dia e o coração sempre se sente mais aconchegado ao raiar de um novo dia.

    Fique bem.

    Beijo.

    ResponderExcluir
  2. Oi Lindinha,

    amar não dói, relacionar-se com o outro é que dói, pois nem sempre ele nos dá o que queremos ou precisamos.

    Mas esse povo tá doido? Dando fama de má à garota sensível e linda?

    Tem pessoas tão complexas, Diu, que os outros dão a elas conceitos comuns somente por não compreenderem nada de complexidade.

    Um beijinho e o desejo de muitos sorrisos em você :)

    ResponderExcluir