terça-feira

saudade


Ela carregava seu chimarrão até o cais do porto para sonhar enquanto o vento se fazia presente e o navio passava abaixo da ponte que dividia terras, pessoas e sentimentos. Nada podia ser pior que tal divisão, às vezes ela queria poder estar em dois lugares ao mesmo tempo para matar saudades ao invés de ter de ficar apenas com retratos expostos na estante para assim poder relembrar os melhores momentos vividos.
Ela sabia, não precisava ser dito, que um mês passaria rápido e a distância faria com que ela esperasse ansiosamente com beijos e abraços, porque o amor não se apaga. Ela sabia que logo ele chegaria com histórias e sorrisos na mala, que ele mandaria cartões postais repletos de saudade, que de algum modo ele estava com ela.
Ah, ela ficava ali, enquanto o pôr do sol dava beleza ao momento, pensando como a saudade apertava seu coração antes de dormir e como uma palavra dele valia muito.

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