segunda-feira

na lua -quase- cheia

Uma noite, um horário e um lugar. Uma pessoa, um sentimento e um gesto. Se tivesse fotos, seriam coloridas e cheias de vida; se tivesse um bilhete, teria uma frase bonita e um pouco de perfume; se fosse um livro, iria para a cabeceira da cama para ser lido todos os dias.
Naquele momento ele segurou as minhas mãos como quem segura um tesouro, firme para não perder. Olhou-me como quem olha um presente, analisando centímetro por centímetro para conhecer. Conversamos como quem passa um texto no ensaio da peça de teatro, com muito entusiasmo. Então, beijou-me como quem dá o primeiro beijo, com medo e desejo. Guardei todos os minutos dentro da memória para, no outro dia, saber que não foi só sonho.

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